[DC COMICS US] - Tópico encerrado...

Que isso! O Patrick Gleason manda muito bem!

Patrick Gleason é muito foda...

Por sinal, essa série do Super do Tomasi está bem promissora. Pena que a do Jurgens ainda está derrapando. Mas a DC conseguiu melhorar 100% Superman, Batman e Mulher-Maravilha com essas novas séries.

DAFUCK?

Zell escreveu:A DC conseguiu melhorar 100% Superman, Batman e Mulher-Maravilha com essas novas séries.

Zell dcenauta.

E também curto o trabalho do Gleason.

Quando a DC acerta, sempre fui o primeiro a elogiar.

DC ta numa fase inclusive melhor do que estava antes dos Novos 52.

FRANK CHO LEAVES "WONDER WOMAN"; BLAMES GREG RUCKA'S 'POLITICAL AGENDA'

http://www.comicbookresources.com/article/frank-cho-leaves-wonder-woman-blames-greg-ruckas-political-agenda

O Frank Cho tem se provado um grande babaca nos últimos anos.
Cara parou no tempo, tanto artistica quanto mentalmente.

Eu discordo. Acho que tem espaço para tudo. Acho que o Rucka deve sim ter direito de vetar a arte que não condiz com o trabalho dele, mas também não acho certo limitar a liberdade criativa do Cho. Se um trabalho não conversa com o outro, tem que separar mesmo.

Entendo esse ponto, Zell. Mas o foda é que o Cho está fazendo de tudo para provocar, desde a treta com a capa do Manara.
O cara não entende que o público de hoje tem uma cabeça diferente do público dos anos 90. Que o que era normal antes, hoje pode ser considerado ofensivo, e com razão, na minha opinião.
Ele percebe que determinado desenho está ofendendo parte do público, e o que ele faz? Provoca até um limite.

Para saber mais, tem esse artigo que eu acho bem interessante, mostrando o histórico babaca dele:
http://www.heavymetal.com/news/what-the-hell-is-frank-cho-doing/

Eu acho que o cara desenha bem pra caralho, mas a arte e a cabeça dele pararam no tempo, não souberam acompanhar a mudança de mentalidade.
Uma extrema prepotência da parte dele.

A gente ta vivendo tempos de mudança em relação à objetificação da mulher. Aquilo que rolava antes hoje não é mais aceito do mesmo jeito. Do mesmo jeito que chamar de vadia, que chamar de viado.. o mundo ta mudando. Estamos colocando limites no machismo, na homofobia, no racismo, em coisas que antes eram piadas. E isso é uma coisa boa.

Foda o cara não acompanhar, e ainda jogar a culpa naqueles que são claramente mais conscientes.

Eu gostaria de ver a Diana pelada tomando banho numa cachoeira desenhada pelo Cho.

Só digo isso...

Eu também, Kami.
Mas precisamos lembrar que quadrinhos não são feitos apenas pra gente.
Sexualizar uma heroína é transformá-la em objeto. E isso tira os méritos dela como personagem. Isso é diminuir uma personagem que, na real, serve de exemplo e representatividade a outras garotas.
Qualquer personagem feminina, quando sexualizada dessa forma, torna-se um objeto limitado à sua própria sexualidade.

Sim, mas.. capas alternativas! Cada um compra o que quer.

Querer não é poder, eu sei disso...

O mundo está muito chato com toda essa onda de "politicamente correto".
Concordo com o Zell nas capas alternativas.

Alias, quotando o link do Branca:

But back to the question: What the hell is Frank Cho doing? The answer is: Pretty much what he’s always done.

The Spider-Gwen sketch cover was the major fiasco, but it’s not like Frank Cho doesn’t regularly adult-ify and oversexualize familiar characters. It’s one of his favorite hobbies, and while it’s not every reader’s cup of tea, he hasn’t been hiding it, as the examples below demonstrate.

Mas Zell, foi o que eu disse. Era algo aceitável, que hoje não é mais.
O artista precisa acompanhar os avanços do seu tempo.

E capas alternativas, vc compra se vc quer. Ok.
Mas o problema não é comprar. As capas estão lá, para quem quiser ver. Elas perpetuam esse tipo de imagem. Elas dizem que é ok retratar personagens dessa forma, algo que apenas atrasa o avanço pelo qual passamos.
A capa do Albuquerque para Batgirl, por exemplo. Comprava quem quisesse. Mas isso não mudava o fato que o artista desenhou uma personagem adolescente, voltada para o público jovem, e a colocou naquela posição. A capa existia, e estaria exposta pra quem quisesse ver. Por isso o pedido de desculpas dele foi tão importante, para mostrar que isso não é mais aceitável.

Não é questão do mundo estar chato ou politicamente coreto.
É questão de que nós só pensamos isso pq nós não somos o público afetado por esse tipo de coisa.

Eu acho que a situação é um pouco mais complexo, por que no final, por mais comercial que seja, estamos falando de obras de arte. O artista têm que ter o direito de representar daquela forma.

É injusto o caso da Batgirl por exemplo, dizer que ela se direciona a um público jovem, se você desconsiderar o público mais velho, que colecionou a personagem a vida inteira e que achou a capa interessante.

Acho que é nesse ponto que encontramos tanta resistência aos SJW. Uma coisa é ser inclusivo, outra é limar um tipo de arte por que vai contra os valores do status quo. Tem que ter espaço para tudo. Se você não gosta de uma capa alternativa, não compre. Mas não tire o direito do outro de compra-la. Se a capa não tiver seu público, o próprio mercado vai ditar a extinção dela.

Se uma mulher pode ir para a frente do MASP se depilar na frente de crianças, acho que tem espaço para artes que reapresentem o personagem mais ou menos sexualizados. É tudo uma questão de encontrar o lugar certo para isso acontecer.

A diferença, Zell, é uma mulher se sexualizar, e um homem sexualizar uma mulher.
O que abre discussão para "e se fosse uma mulher desenhando uma personagem feminina dessa forma?". Essa sim, eu concordo, é uma discussão mais complexa. E que não somos nós que devemos julgar.

Uma coisa é o Manara desenhar suas personagens em poses eróticas, para um público definido.
Diferente é pegar heroínas, que servem de exemplo para outras garotas, e diminuí-las a objetos sexuais, bundas empinadas, peitos saindo da roupa. Essas personagens são inspirações para outras garotas, e é um desrespeito limita-las a peito e bunda e carinha sexy.

O público de Batgirl tem sua parcela de leitores antigos. Mas também tem seus leitores e leitoras mais jovens. E mesmo o público antigo também talvez esteja com a cabeça desses novos tempos.
Vc lembra do rosto da Batgirl na capa? Não era a Babs de Piada Mortal, era a Batgirl rejuvenescida, com uma aparência bem maos jovem. Com os olhos completamente amedrontados.

É questão de conhecer seu público, e saber pra quem vc está fazendo esse tipo de arte.
Como eu disse, gosto da arte do Cho, e sou super fã de Liberty Meadows. Mas esse tipo de arte não é mais aceito no contexto atual de quadrinhos de super-heróis.

Os tempos mudaram. Será que é mesmo tão difícil acompanhá-los?
Será que é mesmo tão necessário retratar mulheres desse jeito a ponto de vc querer desrespeitar parte do seu público pra isso?

Desrespeitar o público é pegar um personagem de tantos anos como como o Homem de Gelo e mudar sua orientação sexual.

Fazer uma capa variante com uma pose sensual provavelmente aumente vendas, atinja um público diferenciado, e vire um item de colecionador...

Ok, gente.
Percebi que eu to tentando, em pleno 2016, explicar pq é errado sexualizar e objetificar as mulheres.
Acho que muita gente não percebe que algo é errado até que aconteça com vc. (o que, claro, sendo homem branco hétero, dificilmente vai acontecer. então sussa, né, sorte a nossa, azar dos outros)
Deixa pra lá, segue o jogo.

Menos, né? Eu tenho mãe, irmã, mulher e filha. Não é como se eu fosse alheio à questão feminista.

Mas já dei meus argumentos para que alguns casos, principalmente na questão da expressão artística, isso é válido. Vamos voltar a falar de DC.

Não foi o que eu quis dizer, Zell.
Mas por tudo o que estamos discutindo aqui, vcs não estão vendo o lado "feminista" de que esse tipo de retratação é prejudicial e ofensivo.
Comparar o ato de escrever um personagem clássico como gay com sexualizar uma mulher, e dizer que é inclusive mais ofensivo, é a prova de não entender nada do que está sendo discutido.

Zell escreveu:Mas já dei meus argumentos para que alguns casos, principalmente na questão da expressão artística, isso é válido.

Foi o que eu disse. É apenas questão de público, e de matéria-prima.
Mas o que vale numa HQ erótica do Manara não vale para uma HQ de super-herói.
Não por quem vai ou não vai comprar o desenho, mas sim pelo que a personagem representa.
O artista tem que conhecer seu meio. Senão, seria aceitável colar fotos de pirocas no muro de uma escola infantil, e justificar dizendo que é liberdade de expressão.
Existe o limite, e esse limite é o respeito.

Enfim.
Voltando à DC..
Quanto mais eu leio Rebirth, mais eu curto essa nova fase da DC.
Li a New Super-Man #1. Achei divertida, diferente do que eu imaginava.
Torcendo muito para que a editora mantenha esse ritmo.