[HQs] O que você leu / tem lido / está lendo? (encerrado)

Quando me desfiz de 90% da minha coleção, doei a maior parte. Prefiro dar do que recolher migalha de dono de sebo que não entende porra nenhuma da HQ e fica tirando dinheiro de otário.

Li o Volume 1 de Vampiro Americano.



Resolvi conferir esse trabalho Scott Snyder apesar de não ser muito fã dele e nem de vampiros. Sem contar que tem Stephen King na capa também né...

Olha, gostei bastante viu. A história é bem linear e fluente, ao contrário de umas coisas que não gostei do Snyder em Batman. Skinner Sweet e Pearl Jones são os personagens principais (um agente Book também teve grande destaque). E nessas 5 primeiras edições, cada uma delas é meio que separada em duas partes: uma escrita pelo Snyder que conta a história "principal" (o "presente") outra escrita pelo S.King que conta a trajetória e origem do vampiro americano (o passado). Interessante ver a abordagem de vampiro que o Snyder dá nessa série dele, coisas como vampiro ficar de boa sob a luz do sol entre outras coisas... Um dos fatos da trama é que há os vampiros nobres e puros europeus e os vampiros americanos recém criados e com poderes/dons diferenciados.

A arte do Rafael Albuquerque não achei legal. Pareceu meio largada e corrida, não sei se envolvia prazo apertado, mas enfim... Sei que a arte dele parece estar mais caprichada em Huck e Eight, por exemplo.

Alguém sabe dizer se Vampiro Americano foi um sucesso nos EUA chegando a ser um "clássico"?
Vou continuar conferindo a série, edições do volume 2... se eu continuar gostando, vou correr atrás dos encadernados.

Daria uns 7,2 pra esse início.

Caramba, li as duas primeiras edições de The Goddamned e achei bem legal!
As edições 3 e 4 saem respectivamente nos dias 10 e 24 de Fevereiro.

A proposta da revista é mostrar uma adaptação da bíblia feita por Quentin Tarantino. A história acontecerá antes do dilúvio. Cada arco mostrará uma história nova, algumas da bíblia, outras não.

Bom, a edição 1 ("A Marca de Cain") tratou basicamente da aparição e apresentação de Carim, filho de Adão, "o homem que inventou o assassinato, o homem que não pode morrer". Já na edição 2 ("As Bestas do Campo"), aborda-se mais Noé, "lenhador, caçador, construtor de barcos, o homem de Deus".

"E a terra estava cheia de violência." Gênesis 6:11.
É 1.655 anos depois do Eden, e a vida na Terra já foi para o inferno. O mundo do homem é um lugar de crueldade desenfreada e maldade. Monstros pré-históricos e saqueadores da idade da pedra vagam pela terra. Assassinato e destruição são a regra do dia. A humanidade é uma experiência fracassada. Esta é a vida antes do Dilúvio. A história do homem à beira de seu primeiro apocalipse.

Achei uma série bem promissora, gostei muito do que vi nesse início. O roteiro foi simples, mas bem feito pelo Aaron. E caramba! Puta merda! Cacetada! R.M Guéra é demais! Ao ler Escalpo fiquei impressionado com a arte dele, curti demais. É um gênio incompreendido. Em The Goddamned podemos confirmar isso:











Olha só essa sequencia de combate! Que foda!



Girando a arma, e...






Sermão de Noé...



Foda demais a arte desse cara. Belíssima! Putz... Foda...

Vale a pena darem uma conferida. É leitura rápida. Na verdade demorei um pouco porque babava os desenhos e voltei pra olhar os mesmos de novo.

Quero ler isso ai.

Rodrigo, eu não li a edição, então não sei se é spoiler ou não, mas cuidado com esse monte de imagens, ok?

Tá. Pensei nisso ao fazer o post. E nada tira a graça não... na verdade maioria das coisas aí é de preview. Na verdade nem acontece muita coisa nessas duas edições. Percebi que é mais uma contextualização e ambientação da trama... Inclusive pode soar como uma série fraca e pouco atrativa para algumas pessoas, pois como eu disse, o roteiro até então foi simples... há ainda pontas soltas e violência, carnificinas, basicamente.

Terminei de ler Vampiro Americano Vol.2 (#6-11)



Puxa legal o nível que o Scott Snyder manteve. Achei esse volume melhor até! Aqui nessas edições ele põe umas características do estilo dele que não gosto muito, como por exemplo, contar uma historinha fazendo uma deixa para o acontecimento da próxima página em diante. Mas, não chegou ao ponto de se tornar cansativa e nem me desinteressei pela trama em momento algum.

Nesse volume a história se passa em Las Vegas, com uma trama envolvendo conspiração sobre uma das maiores construções (ou a maior, não lembro) da história dos EUA, uma represa em Boulder City, Nevada.
Realmente Vampiro Americano parece passar por momentos importantes da história americana. Li críticas e elogios quanto a isso. E faz sentido. Por exemplo, além dessa referência à represa, Snyder passa as causas da cidade de Las Vegas ser a "cidade do pecado": graças aos jogos de azar, prostituição, crimes violentos como principais atividades econômicas. E então o personagem Cash McCogan, que é um chefe de polícia, aparece em cena, inspirado e dedicado a limpar a cidade, faxiná-la. Cash McCogan atua sobre a conspiração e assassinatos que acabam prejudicando os investimentos pesados da construção da represa. Daí a trama de desenvolve... onde se explica as motivações e parentesco do McCogan, o apoio que ele recebe para investigação dos assassinatos e o desfecho. Paralelo a isso tudo, é mostrado o romance entre a vampira Pearl Jones e Henry (humano) e exposto o dilema sobre a convivência entre eles.

Putz. Muito interessante e legal mesmo essa série. Não é só publicidade de New York Times e outras fontes na minha opinião.

Mas, os desenhos continuo achando feios e estranhos umas vezes.

Já disse que não curto muito vampiros, mas isso é bem "pano de fundo" por incrível que pareça, pois o Snyder põe uma trama bacana à frente (no caso desse volume, um estilo policial), sem contar um universo que ele abre quanto às "espécies" de vampiros diferenciadas e suas rixas e conflitos. O legal é que deixa o leitor pensativo no sentido de saber o que de fato é verdadeiro, como no caso de "boicotes" envolvendo assassinatos afim de prejudicar o investimento à represa... tipo, será que rolou isso mesmo e o Snyder só colocou os vampiros ali em cena pra conduzir a história? Essas viagens são legais rs.

Já providenciei esses primeiros dois volumes e vou pegar o restante da Panini. Os volumes 3 e 4 lerei no encadernado mesmo, no papel. Como a Panini não terminou toda a série ainda, leio as edições restantes em digitais de novo depois.

Nota 7,6 pra esse volume.

Hellblazer Origens vol.6 - O Homem de Família

A trama principal é bem legal e interessante, envolvendo até o pai de John.. Ela sai um pouco do sobrenatural e entra mais no "humano".. As outras que fazem parte do volume são mais pra passar o tempo.. A história final já puxa para o último encadernado da série, mas não vou pegar pra ler já..


"O inferno é onde o coração está, querida. Você não acredita?
Venha dar uma olhada."
- John Constantine

Li o segundo volume de Outcast - A Vast and Unending Ruin (#7-12)

A série se mantém foda, personagens continuam fodas, ambientação e trama foda, o que o Paul Azaceta está fazendo em Outcast é absurdamente foda.

O Azaceta tem feito uns "closes" em cenas nessa série que são fantásticos, expressões dos personagens estão demais, o tom macabro e ângulos impostos nas cenas estão sensacionais... Não seria exagero ele estar na lista de concorrentes de prêmio Eisner.

É o tipo de HQ que tem me prendido do início ao fim, com bons diálogos e momentos tensos, aterrorizantes, onde a arte do Azaceta ajuda e muito nisso! Kirkman nesse volume demonstra grande parte de suas qualidades e da trama num diálogo entre o padre e o Kyle Barnes que achei bem foda, quando os dois estavam no carro em trânsito: uma discussão sobre as consequências do exorcismo que fizeram na Sherry, desaparecida após o exorcismo. Tratava-se na discussão, a grosso modo, de "até que ponto isso foi bom ou ruim pra ela?". Em outra cena fez até escorrer uma lágrima... bem emocionante.

Já estou querendo que o tempo passe logo pra eu ler as edições do terceiro volume numa tacada só.

Realmente vale a pena conferir esse trabalho do Kirkman e Azaceta, que não vi defeito até agora.

E gostei da notícia de que isso virará seriado de TV, fiquei sabendo na CCXP inclusive, pois não sabia mesmo, e foi uma surpresa legal quando eu soube lá no evento olhando o stand.

Liga da Justiça Vs Vingadores - História legal, mas muito longa e muito cansativa.


Homem-Aranha: Um Dia a Mais - Gostei bastante, acho que foi a melhor história do Aranha que já li, a falta de piadinhas e o estilo mais sombrio, tipo A Última Caçada de Kraven, tornam o personagem bem mais interessante para mim.

Mas o Aranha sem piadinhas e sombrio é tipo o Batman com mamilos.

Li as edições ligadas ao sétimo volume de Escalpo.

Escalpo Volume 7: Rez Blues (#35-42)



O drama continua nas vidas de Dashiell "Cavalo Ruim" e Carol. O que acompanha isso são dois one-shot que meu-deus-do-céu... num deles, o Jason Aaron trata o homossexualismo naquele "nicho" tribal de um jeito sensacional, abordando, obviamente, entre os nativos, todo o drama e preconceito que havia (ou não havia) desde muitos anos atrás. Porra, o monstro do Aaron faz referência até a obras de um tal monge antropólogo estudioso de nativos da América do Sul chamado Antonio de la Calancha (fui pesquisar pra ver se existia o cara mesmo rsrs), usando-as em diálogos fantásticos entre um ex-líder de tribo e um capanga braço direito do Lincoln Red Crow. Num dos diálogos (edição 36):

"Antonio de la Calancha era um monge agostiniano que escreveu sobre as aventuras do conquistador Balboa no século 16. Ele escreveu que, durante a expedição de Balboa pelo Panamá, viu nativos vestidos como mulheres e que, em resposta, Balboa deu quarenta deles pros cães comerem. Calancha chamou isso de 'uma bela ação de um católico e honrado espanhol'."

Em outro one-shot, há uma cena extremamente foda e tensa sobre uma mãe com sua gravidez indesejada!
Cara... nem tem mais o que elogiar. É chover no molhado.
Que espetáculo essa série! Putamerda! Uma das melhores coisas já lidas, fácil. E assim como em Preacher, não há um tomo-capítulo-volume a ser analisado separadamente. Tudo é nota dez. Tudo prende, é denso, tenso, com diálogos que fluem, realidade que dói, arte insana do R.M Guéra e dos outros, todos os personagens são fodas e se cruzam, não há um protagonista, você se preocupa e desperta interesse por todos, desde um filho fodido sem perspectiva de vida da tribo, até uns filhos da puta "vilões" gangsters e mais uns noiados...

Enfim, acho que parte do que está aí eu já disse... é que me empolgo mesmo... rsrs
Que venham as próximas edições... vamos ver... e me esforçarei em não repetir tudo acima de novo kkkkk
Escalpo é uma das coisas obrigatórias pra quem é leitor assíduo de quadrinhos (ponto)

...

Ver se dou mais uma chance pra Novos Vingadores do Jonathan Hickman... li as primeiras edições do primeiro TP americano e achei bem chatinha. Acho que tinha dado nota 5 ou 6 sei lá... ou menos... não lembro...
Aí quem sabe, pela importância toda e pela possibilidade de achar melhor na segunda leitura, eu não acabe pegando também o encadernado da Panini...

Smith escreveu:Mas o Aranha sem piadinhas e sombrio é tipo o Batman com mamilos.

Isso mesmo.

Por isso que digo que não gosto do personagem e me incomodo demais com o Asa Noturna.

Meu estilo de herói é mais "carrancudo", mais sério. Nem o estilo Homem de Ferro me agrada muito.
Acho que só curto mesmo o Robin pelo fato de ter começado a ler Batfamília mais ou menos na mesma idade que o Tim apareceu, mesma fase de colégio, namoro... caso contrário acho que não suportaria o personagem.
Mas estou achando legal ler mais coisas de personagens diferentes, praticamente só havia feito isso quando criança.

Demolidor V5, 1 e 2.


Gostei dessa abordagem mais urbana e sombria do Demolidor. E, nesse contexto, até que o novo uniforme funciona bem.
Enquadramentos e cenas de ação estão show de bola. Ponto pro Ron Garney. Nunca imaginei que a arte dele se prestaria a esse tipo de ambientação.
Ponto negativo mesmo só pra colorização, tudo muito escuro e cinzento (até o tom de pele dos personagens). Parece "mamãe, quero fazer Sin City"
Fora as perguntas que ficam nesse reinício:

Spoiler:

Espero que as respostas apareçam aos poucos e que o colorista não pese tanto a mão nos próximos números.

Demolidor está vendendo e a Panini provavelmente irá continuar lançando os encadernados com essa fase.. Tô meio com o pé atrás, mas continuarei comprando..

Arlequina 2


Não achei tão engraçado quanto o volume 1, mas diverte. Ainda mais o arco onde ela atua com uma desmemoriada Poderosa.
É daqueles gibis bem descompromissados pra passar o tempo.

O De natal, é bom?

Ainda não li.
Preciso pegar esse e o da Comic Con.
Mas o primeiro encadernado é bem bacana. Classifico como "E se o Deadpool estrelasse a revista do Gavião Arqueiro?"

Eight - Forasteiro



Apesar de envolver viagem no tempo, a trama é legal e flui muito bem, prende e nos deixa apreensivos umas vezes. Eight não é nada diferente do que já vimos por aí, mas diverte e possui uma arte legal demais do Rafael, que achei bem melhor do que as edições iniciais de Vampiro Americano, por exemplo. A ideia, intrigas e ritmo aventureiro da história lembram um pouco Starlight do Millar, inclusive uns clichês.

Pontos positivos:
1- Arte foda;
2- Ritmo da história bacana;
3- Personagens legais;
4- Diverte

Pontos negativos:
1- nada extraordinário e diferente;
2- momentos previsíveis
3- ficaram umas pontas soltas e motivações que não foram explicadas muito bem, como a missão do protagonista. (mas isso espero que seja explicado mais a diante, quem sabe...)

Achei legal o prefácio também.

prefácio:

HQ legal, boa. Daria uma nota 6,8
Recomendo.

Li SPACEMAN do Azzarello e Risso.



É uma mini em 9 edições da Vertigo. Achei bem fraquinha. A história é bem confusa, com o Azzarello inventando dialetos e gírias próprias para cada grupo de personagens, o que deixa a leitura arrastada e chata de compreender. A história em si desenvolve muito pouco e quase nada acontece nas 9 edições. Só continuei até o final porque a arte do Eduardo Risso é muito boa. Mas é uma série que eu não recomendo não.

Capa foda.
E pra você ver como a arte é importantíssima e traz o leitor pra obra...

O Escultor

Mais de um mês que eu comprei esse tijolão e finalmente comecei a ler.
Ainda tô absorvendo tudo, mas é a melhor obra que eu li em muito tempo.
É lírica. É poética. E é soberbamente bem desenhada.
Gostei de alguns easter eggs que tem a obra (tipo a empresa que aluga um prédio ser Durden & Tyler).
Espero que o final seja tão bom quanto o resto da obra.

Pouha Branca... não faça isso...

(não abre, não abre, não abre, não abre...)

Eu admito que no terceiro ato, lá pro começo das últimas 10/20 páginas, quando 

Spoiler:

Mas as últimas páginas, a última escultura...fizeram toda a obra valer a pena.
O quadrinho como um todo é realmente muito bonito. O uso de cores frias, os problemas dos personagens são bem críveis. Todos que o McCloud destaca cedo ou tarde se mostram personagens bem interessantes.
Aliás, não só o protagonista, mas todos ali só sentem a necessidade 

Spoiler:

O posfácio onde o Scott McCloud conta quem é a "Menina de Chapéu" (pra quem dedicou o livro) é muito bonito também. Uma doce homenagem.

E, na boa, ele mesmo - o autor - é um doce de pessoa. Que ele lance mais obras e venha mais vezes pra cá.