[HQs] O que você leu / está lendo / cofrou?

Então posso ter me dado mal por isso, nunca tinha lido nada a respeito.

eu já acho que star wars e darth vader são histórias construídas para quem assistiu os filmes e sabe o que se passa neles. ler ser nem ter visto os filmes vai te deixar perdidaço mesmo.



depois que peguei o primeiro arco para ler para a avaliação, resolvi continuar no encadernado e reler o segundo arco, Transnaves. Se o primeiro era bom, o segundo é ainda melhor. Personagens já estabelecidos, relações entre eles também, e a premissa de como vão atuar e o que estão dispostos a fazer como a "Autoridade" do mundo (ou mundos) crescendo.
É muito, muito, foda. E esse volume aumenta ainda mais a sensação de que tudo que veio depois de grupos "motherfuckers" (especialmente Supremos) é uma chupinhação dessa premissa e do tipo de atitude que os personagens têm.

Cultura militarista expansionista, dominação pelo e para o estupro, escasseamento dos recursos naturais e envenenamento do meio ambiente: se você tivesse o poder para mudar tudo desse jeito, você chamaria a autoridade para si e iria para as últimas consequências?

transcrição de diálogos que entregam um pouco da ressolução - vai em spoiler:

Isso é muito foda.

é um diálogo sobre limites filosóficos e políticos (aliás, quem se torna o militarista expansionista impositor de seus próprios valores? qual o limite disso?) embalado em um filme (quadrinho) de ação destruidora e com destruição em larga escala, marcado por um desenho do Hitch cada vez melhor, e usando técnicas muito interessantes (sobreposição de desenhos para compor um mesmo quadro e dar um efeito diferente, bem interessante).

Realmente não consigo entender como não achar sensacional, especialmente quem baba por Supremos.
Se estivesse em avaliação, daria nota 9,5 fácil fácil.

Supremos é foda. Mas Authority é um outro nível, especialmente por eles tomarem pra si essas questões.
Porra, tem um arco que eles lutam contra Deus!
Vale a pena ler a fase do Ellis e depois terminar a do Millar. O que vem depois não interessa.
(só Autority e Lobo, que é bem divertida)

The Fade Out



Finalmente li tudo. Havia lido edições referentes apenas ao primeiro volume e acho que ainda restavam algumas edições para lançarem na época.

Lendo comentários e opiniões, vou fazer das palavras de um cidadão as minhas:

Epic escreveu:Ed Brubaker é um dos meus escritores favoritos, e é difícil eu sair de algo que ele escreve decepcionado, principalmente em histórias noir como The Fade Out, uma especialidade dele e de seu habitual parceiro Sean Philips.

Dessa vez eles produzem um noir tradicional que se passa na Hollywood pós II Guerra Mundial, um roteirista com crise criativa acorda, depois de muita festa e bebedeira, ao lado do corpo sem vida de uma atriz em ascensão. Sem lembrar de como ele acabou ali naquele apartamento e muito menos quem seria o responsável pelo assassinato, esse é o pontapé para um mistério que mostra o lado mais negro de Hollywood e sua máquina de criar e destruir estrelas.

Além de uma pesada crítica à indústria da fama (que é válida até hoje), The Fade Out ainda lidava com caça as bruxas contra os comunistas, alucinações... Tudo isso embalado por uma narrativa matadora que não te deixa largar a história até desvendar o mistério. Pena que a resolução seja meio anti-climática (pelo menos eu fiquei com essa impressão).

Um pequeno adendo... Acho que dificilmente alguém elegeria Sean Philips como seu desenhista favorito. Ele realmente não tem uma arte vistosa, mas o cara é um mestre na ambientação. Acho que poucos artistas têm a habilidade dele de criar uma atmosfera que realmente te joga pra dentro da história e da época em que ela se passa. Sou fã desse cara.

Porém, na verdade esse mistério dá a entender que não é bem assim desvendado. E isso eu achei uma puta sacada foda do Brubaker.

O protagonista Charlie Parish, escritor roteirista de cinema, é bem interessante embora pareça um paspalhão inicialmente. Mas o desenvolvimento dele durante a trama é bem foda, a relação dele com o amigo Gil, o convívio dele com decepções, segredos e angústias, são pontos positivos em The Fade Out.

Esse trabalho do Brubaker e Phillips dá um bom filme. E com uma direção legal (seguindo ao máximo a HQ, até mesmo à risca), com um bom elenco, arrisco dizer que poderia rolar até uma indicação a Oscar.

interessante, Fills. Quantas edições são a série? já lançado no Brasil? na Romênia?

PabloWD escreveu:interessante, Fills. Quantas edições são a série? já lançado no Brasil? na Romênia?

É fechada em 12 edições.
Infelizmente não foi lançado aqui. E infelizmente acho bem difícil lançarem. Acabei pegando a edição Deluxe na Amazon, linda linda!
E saiu tudo na romênia sim. Te passo as edições. Quem não quiser googlar, passa mp...

Talvez eu tenha me referido mal com o termo "resolução anti-climática" na série. Na realidade, pensando bem, curto sim esses tipos de finais noir, que convenhamos, não tem por onde fugir, pois a ideia é dar aquela sensação de que as coisas continuarão a mesma merda e da mesma forma errada pra sempre.

Ontem por exemplo eu assisti ao filme "Três Anúncios Para Um Crime" (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri) e o final me fez lembrar do estilo de final de The Fade Out, que curto muito rsrs.

Acho que é uma HQ boa e recomendada ao @Broo rsrsrsrs... ele pode até não gostar, mas acho que vale a conferida, até pelas histórias extras em cada edição (verídicas) super interessantes.

Li o primeiro arco. é muito bom, mas não vi (ainda?) algo fodástico, das melhores obras dos últimos anos ou coisa assim. Vi sim uma história muito boa, com uma arte "pé-no-chão" excelente e um desenvolvimento bastante interessante. Talvez não tenha caído tão de queixo nela porque criei uma expectativa muito alta, e a obra é menos impactante do que eu talvez tenha esperado. provavelmente não sei o que eu estava esperando...

Personagens muito interessantes (especialmente o policial iraquiano), e uma ambientação que passa o caos que deve ter sido a região na época. Já li algumas poucas (e pequenas) coisas sobre a situação caótica após a morte do Sadam, mas a revista me deu um vislumbre com imagens.

Tem alguns diálogos muito foda, como aquele que ocorre enquanto dois personagens bebem vodca de madrugada (não contarei para não entregar o desenvolvimento), e outras situações que me deixaram um pouco confuso.

Vou pegar logo o segundo volume para ver se mantém a regularidade ou se sai mais fortalecida.

SAGA VOL 5

Tenho desde que lançou, mas li só hoje, continua ótima.

Aquaman Vol. 3

Continua divertido. Esse volume foi no automático com um final bacana, embora meio previsível.
O lance dos "aquafãs" achei meio forçado, mas não deixa de ser divertido. Interessante esse reconhecimento do Aquaman ter evitado uma "terceira guerra mundial".
O arco seguinte com o vilão Ogiva achei bem razoável.

O confronto entre os dois até é interessante, em lembrar que Atlantis é poderosa o suficiente para aniquilar outras nações, mas que também pode funcionar como refúgio. É um arco que mostra mais como o Aquaman está sendo visto pelo restante do mundo, agora que sua popularidade aumentou, com aquafãs e tudo o mais. Mas lá no fundo, ele sente que continua sendo o herói deslocado de sempre, que não o respeitam, mas sim o temem. O resultado final é meio água com açúcar, sem muitas emoções.

O Xerife da Babilônia

Cinematográfica! Cinematográfica resume essa HQ.
Achei muito foda, não é nada absurdamente diferente e genial de outro planeta, mas curto demais esse estilo de história. E cara, a narrativa gráfica do Mitch Gerads é animal. Sem dúvida é um dos grandes desenhistas na atualidade.
Eu não lembro de ter lido anteriormente um quadrinho tão cinematográfico como esse rsrsrsrs.

PabloWD escreveu:e outras situações que me deixaram um pouco confuso.

Achei que fosse só eu, mas já li tanto o seu comentário como de outras pessoas. Então fico tranquilo hahah.

Mas acho que entendo a minha confusão: tipo, eu vi e li umas cenas "aleatórias" e "isoladas" entre uns personagens onde eles contam histórias e daí eu fiquei tentando quebrando a cabeça e tentando juntar aquelas coisas à trama, procurando ver onde tais coisas se encaixavam -- como um "quebra-cabeça" -- em toda a conspiração da história.

Por exemplo, quando a Sofia conta histórias do avô dela, quando o Chris fala sobre os gatos e ratos, quando ele mostra aquela peça que ganhou à Sofia e conta como a conseguiu, entre outras histórias que há durante o quadrinho (só exemplos).

Se realmente nada disso tem mensagens que fazem ligação à trama, então não sei qual foi o propósito do Tom King com isso, mas mesmo assim, que achei foda, achei haha.

Bruxas - Gostei, bem simples e direta. História bem interessante.


Pantera Negra Vol. 4 - Li as edições 39 a 41, gostei também, nunca tinha lido nada solo do personagem.

To relendo Authority. Terminei as 12 edições do Ellis, vou começar a do Millar, que também é divertida.
Mas é impressionante quando o Ellis se joga na loucura da HQ. O arco final dele é perfeito. E tem uns momentos que, com certeza, são semente do que ele fez depois em NextWave.
Antes de reler a fase do Millar, ainda tem a mini da Jenny Sparks pelo Ellis. O bom é que eu li há tanto tempo que eu não lembro de nada.

E pensar que quem começou a estragar tudo foi o Brubaker... nem faço questão de reler a fase dele.

diria que é a mais fraca das 4 até agora, embora tenha um conceito de ficção científica sobre dobra/universos paralelos muito legal. Outra questão interessante é a perplexidade que provoca ver outro ser igual a você e que diz que na verdade é você, será que você duvidaria de quem é? o que é identidade?
é a mais fraca das quatro, mas ainda assim é melhor que 90% das coisas que rolam por aí.
E os desenhos do Serpieri continuam fantástico. Que venha o 5º volume.



sim, é bom, mas não consegui sentir como algo fantástico, como foi ventilado por aí. O desenho do Mitch Gerards é destaque, junto com as cores, e o roteiro, com as reviravoltas e desconfiança são muito bons. Mas parece que não engata até aquele ponto que você possa dizer "caramba! que foda".

Brancatelli escreveu:To relendo Authority. Terminei as 12 edições do Ellis, vou começar a do Millar, que também é divertida.
Mas é impressionante quando o Ellis se joga na loucura da HQ. O arco final dele é perfeito. E tem uns momentos que, com certeza, são semente do que ele fez depois em NextWave.
Antes de reler a fase do Millar, ainda tem a mini da Jenny Sparks pelo Ellis. O bom é que eu li há tanto tempo que eu não lembro de nada.

E pensar que quem começou a estragar tudo foi o Brubaker... nem faço questão de reler a fase dele.

O Ellis vai até a morte da Jenny Sparks, né? depois vem o Morrison, que eu acho que continua a loucura. Mas acho q nunca li o Authority do Brubaker (foi lançada alguma revista no BRasil com o Authority dele?. acho que vou tentar só porque me amarro nos personagens. Vai que aproveito algo.

Isso.
A fase do Millar foi publicada só até certo ponto por aqui.
A do Morrison e a do Brubaker nunca foram.

Brancatelli escreveu:Isso.
A fase do Millar foi publicada só até certo ponto por aqui.
A do Morrison e a do Brubaker nunca foram.

Morrison a Pixel publicou uma parte aqui. Mas não completou. Inclusive começou uma mini em duas parte com um dos arcos e só publicou a primeira parte. longa vida à Pixel.

concluí o segundo encadernado (O Rei da Cozinha do Inferno). No último arco do encadernado (após o Rei da Cozinha) Bendis lida com as consequências do Murdock ter se declarado rei. Muito, mas muito, foda. Ainda tô na dúvida, mas acho que talvez seja ainda melhor que o arco inicial (Revelado) e do que o anterior (onde ele se declara rei).

É muito, mas muito, bem construído. Faz todo o sentido. A intervenção dos amigos herois, o vácuo de poder criminoso tentando ser preenchido, a percepção do Ulrich e depois do próprio Murdock de colapso em virtude da morte da Karen (aliás, quando foi isso? realmente não lembro. Foi em queda do Murdock? acho que ali foi só a venda da identidade por ela, né? Alguém pode passar as referências para eu tentar achar e ler?). A cena do ataque à viatura! E depois o "supergrupo" e o espancamento do valentão, para que ele mesmo não tenha como dizer que houve uma vantagem a ser alegada na prisão.

Só fico com pena de uma coisa, é o início do fim da Milla. Gosto MUITO da personagem. Acho que a construção do surgimento dela e do relacionamento com direito a casamento surpresa é ótima e foge do tradicional, onde os personagens (vide Kitty e Piotr, PP e Mary Jane, Ciclope e Jean Grey) ficam anos e anos e anos em relacionamento nos quadrinhos, até que um dia casam. Gostaria de que os roteiristas (o Bendis, depois o Brubaker) tivessem buscado a construção do personagem em conjunto com a esposa, como uma "família", estilo Reed e Sue.

mas esse é só meu "what if", o que não tira a força desse arco.

A Karen morre em Diabo da Guarda

Star Wars Vol. 1 - Skywalker Ataca

Bom arco escrito pelo Jason Aaron e desenhado magistralmente pelo John Cassaday (o que comprova minha teoria que os desenhos de Fabulosos Vingadores eram ruins porque ele próprio viu que o texto era ruim).
Duelos de sabre de luz (gostei do efeito da lâmina cortando o ar), Han Solo agindo como um verdadeiro canalha e pirata intergalático e Darth Vader roubando a cena quando aparece

Spoiler:

Pretendo ler o vol. 2 assim que possível.

Não gostei muito da 1, e por conselho do Fills, li a 2. FODASTICO!

Uncanny Avengers vol 1-4

Eu gosto muito do Remender. Pra mim a X-Force dele é um verdadeiro clássico e Uncanny Avengers em diversos momentos é uma continuação direta, mostrando que as ações da X-Force teve consequências duradoras. Infelizmente Uncanny é mais inconstante na qualidade. O primeiro arco é fraco e quase não afeta o resto da série até chegar no temível AXIS. Mas o segundo e o terceiro arco do Gêmeos Apocalipse e Ragnarok são muito fodas.

Eu gosto muito como o Remender cutuca algumas feridas, como o pouco que os Vingadores fizeram para ajudar os mutantes, a arrogância do Capitão, o fato de todo mundo esquecer o que a Wanda fez por que ela é uma delas mas não conseguirem perdoar os erros do Ciclopes ou do Wolverine por exemplo. É muito raro a alguém na Marvel apontar o dedo na cara dos Vingadores e mostrar o quanto eles são hipócritas em diversas ocasiões.

Pena que o arco final é fraquinho, por que se terminasse mais forte poderia ser uma das grandes fases da Marvel.

DEADGU escreveu:Não gostei muito da 1, e por conselho do Fills, li a 2. FODASTICO!

Pelo que entendi, você não estava curtindo o começo, daí pedi pra você continuar e dar uma chance pra segunda metade do vol.1. Então você acabou achando realmente legal aquele fim do volume 1, que falei que era bem fodinha rs.
Já o volume 2 ainda não li. Que bom que curtiu. Arrumar um jeito de ler logo

Zell escreveu:É muito raro a alguém na Marvel apontar o dedo na cara dos Vingadores e mostrar o quanto eles são hipócritas em diversas ocasiões.

Interessante

Um Conto de Batman- Gotham City 1889

Quis ler essa edição antes de assistir a animação.
Else Worlds são excelentes, e esse não foi diferente.

Apesar de corrido, e assassino óbvio, a ambientação é muito legal e os diálogos e desenhos muito interessantes.

Pelo trailer da animação, vão expandir mais a trama.

Li (reli) o primeiro volume de Monster, do Naoki Urasawa, que está muito bom até agora. Gosto muito dos desenhos dele (todos os personagens são facilmente reconhecíveis e têm características corporais e de expressão próprias), e o roteiro vai colocando aos poucos as peças no lugar. Especialmente é muito interessante a visão que ele (autor) passa sobre o microcosmos de poder dos hospitais. Continuo logo logo

Li o primeiro volume de Superwoman, roteirizado e desenhado pelo Phil Jimenez, com uma edição, ou duas, não lembro, desenhada pela Emmanuella Lupaccino, de quem nunca tinha ouvido falar.

Muito texto, muito balão de pensamento, excesso de autocomiseração depreciativa da personagem principal a seu próprio respeito, mas, sei lá porque, gostei. Não é a melhor coisa dos últimos tempos, nem da última semana, mas eu gostei. Fiquei curioso para ver como continua a história.

reflexão: parece que agora nenhuma revista de superheroi (especialmente as da DC) pode ter uma ameaça mais simples, de menor abrangência. Basicamente nos últimos tempos todas têm que ser um arco gigantesco com uma ameaça que praticamente pode destruir tudo, no caso de Superwoman,  Metropolis. Dá uma sensação de ausência de reais ameaças, de urgência, esse tipo de coisa. A impressão que dá é que há um "escalation" de poder nas ameaças que não tem limite. Qual é a ameaça de destruição TOTAL da semana? Essa é a sensação. Tanto é que os vilões tradicionais estão perdendo a força. Um exemplo é o antimonitor, que de ameaça cósmica capaz de destruir universos inteiros virou vilão poderoso, mas não aquela grande ameaça que praticamente todos os herois do multiverso tiveram que se unir para derrotar na primeira Crise. O que acham disso? (cabe um tópico sobre?)

2 - como gosto da arte do Phil Jimenez. Sim, ele tem uma "inspiração" (para não dizer mais) no George Perez, mas com algumas questões de traço e de estilo próprio. E, de toda forma, como Perez está no meu top 3 de desenhistas de superherois, alguém que o "chupinha" de um jeito bom eu iria gostar.

3 - Essa tal de  Emmanuella Lupaccino tem um ótimo traço e uma boa narrativa. Gostaria de ver mais trabalhos dela. Quando comecei a ler, e vi que a arte era do Phil Jimenez, e depois vi uma desenhista tampão no arco, isso me deixou meio chateado, mas logo depois gostei da arte, então... percebi que estava reclamão... rs

Sinto falta de "ameaças do mês" também. Talvez por isso eu tenha gostado tanto de Ms. Marvel. Pelo menos os primeiros três encadernados.